À Beira Rio

Hei-de fugir para a beira rio sempre que as palavras pedirem para nascer.
A ordem das coisas, sente-se na brisa.
Basta-me o ondular das águas para que se solte uma nova ideia que de outra forma morreria, asfixiada, antes de existir.
De dentro para fora, renovo-me em cada respiração.
O paraíso mora na presença.
Na beleza azul e verde que me invade, no vento breve que passa.
Aguardo as histórias que me contam o canto dos pássaros, o restolhar das folhas que dançam.
Por isso, correrei sempre para a beira rio.
O espaço seguro, secreto, sagrado, onde as histórias correm soltas e o mundo pára, em silêncio, a escutar.

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